Setembro Amarelo

Setembro foi o mês de prevenção ao suicídio. Esse grave problema não atinge apenas adultos. O suicídio é a terceira causa de morte entre jovens brasileiros e, embora os estudos e estatísticas sejam muito limitados, crianças em idade escolar também podem ser afetadas.
As causas subjacentes são uma associação entre fatores genéticos e desencadeadores ambientais como maus-tratos, doença mental dos cuidadores, ou mesmo dificuldades escolares, bullying, doença crônicas, mudança de escola ou separação dos pais.
Crianças e adolescentes com ideação suicida, planejamento, autolesão e tentativas de acabar com a própria vida, frequentemente estão vivenciando um episódio depressivo intenso ou transtornos menos frequentes, mas igualmente graves como esquizofrênia e transtornos de personalidade, estes dois últimos costumam quadros tendem a se manifestar incialmente na adolescência.
Mudanças no comportamento usual como irritabilidade, pessimismo, choros, isolamento, evasão escolar, isolamento ou busca constante por companhia, alterações no sono e apetite e pouco interesse por atividades antes prazerosas podem ser um sinal de que a criança ou adolescente pode estar com pensamentos suicidas ou comportamentos de autolesivos como cortar a própria pela.
Uma conversa afetuosa e empática sobre os sentimentos e oferta de apoio são fundamentais. O jovem ou criança deve se sentir cuidado e protegido. Na primeira oportunidade um profissional de saúde mental deve ser consultado.
O tratamento mais utilizado é uma associação de psicoterapia para ensino de estratégias de enfrentamento dos problemas e antidepressivos para o tratamento dos sintomas atuais.
Para saber mais:
Piccin, J., Manfro, P. H., Caldieraro, M. A., & Kieling, C. (2020). The research output on child and adolescent suicide in Brazil: a systematic review of the literature. Revista brasileira de psiquiatria (Sao Paulo, Brazil : 1999), 42(2), 209–213. https://doi.org/10.1590/1516-4446-2019-0497